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Reforma trabalhista vai precarizar a saúde dos trabalhadores

quarta-feira, 25 outubro 2017 De declatra

A Reforma Trabalhista, sancionada por Michel Temer (PMDB), como lei 13467/2017 vai precarizar ainda mais a saúde dos trabalhadores. Ao mesmo tempo, a legislação, trará novos desafios para os sindicatos e seus dirigentes. Essa é a análise do advogado do escritório do Paraná, Ricardo Mendonça. Ele participou nesta terça-feira (24) da reunião do coletivo nacional de saúde da Contraf, em Curitiba. A advogada Jane Salvador de Bueno Gizzi, também do escritório, dividiu com Mendonça o painel jurídico do encontro.

De acordo com ele, são quatro as formas de contratos precários que vão piorar as condições de saúde dos trabalhadores. A terceirização, o trabalho intermitente, contratos por tempo parcial e finalmente, o teletrabalho. A última, segundo Mendonça, é uma das mais danosas à classe trabalhadora. “Bastará o empregador enviar um documento, para que você assine, com todas as orientações e nada mais será necessário. Qualquer doença ou problema de saúde relacionado ao trabalho será de responsabilidade exclusiva do empregado”, alertou.

“É evidente que esse dispositivo é inconstitucional. Mas há outra pergunta: como o sindicato chegará neste trabalhador? Como fiscalizar o ambiente de trabalho? Como ter acesso a ele? Como dizer que ele não pode ser submetido aquelas condições se ele está na sua própria residência?”, questiona Mendonça.

Outro problema apontado pelo advogado é que o trabalho não para nunca. Não há previsão de pagamento de horas extras, descanso intra e Inter jornada e nenhum outro dispositivo que proteja o tempo máximo de trabalho por dia. “É preciso estabelecer mecanismos, mesmo que por convenção coletiva, garantindo normas de proteção para que este tipo de contratação não se torne tão atraente”, projetou.

A diferença entre acidentes de trabalho entre trabalhadores contratados e terceirizados, as dificuldades dos contratos parciais e intermitentes também foram abordados durante o painel. “Há uma tendência de contratos precários sem a mesma proteção, seja do ponto de vista individual ou coletivo. Atacam duplamente, reduzindo a massa salarial e aniquilam a solidariedade de classe. Não trata-se apenas de reduzir custos”, avisou.

Origem – A advogada do escritório, Jane Salvador de Bueno Gizzi, alertou que este é um processo que vem sendo desenvolvido há muito tempo. Segundo ela, o momento é da sociedade da gestão, que tem início ainda no século XX quando surge a nova classe média estadunidense. A derrocada das pequenas empresas e agricultores leva o surgimento das grandes empresas como hoje.

“Os chamados Blue Collars são os trabalhadores manuais, com a manufatura e menos renumerados. Já os White Collars são os trabalhadores especialistas, gerentes e executivos. Uma classe que emerge e ganhando melhor sente-se mais parte da elite, dos donos do capital, do que a classe que pertence, os trabalhadores. Não é apenas uma questão de remuneração, mas de identificação”, analisa Jane.

A advogada do escritório do Paraná, Jane Salvador de Bueno Gizzi. Foto: Gibran Mendes

Esse o início da sociedade da gestão, em que o centro é o universo econômico, social e cultural ditado pelas empresas. “Esse sistema espraia-se por toda a nossa sociedade, analisa. Essa cultura aproxima-se do Brasil somente na década de 90 com a chegada das grandes corporações e a necessidade de criar e oferecer produtos para a nova clientela.

Como reflexo dessa sociedade surge o assédio moral organizacional. Diferente da modalidade interpessoal, onde a violência parte de uma pessoa para a outra, neste caso a violência está centrada de forma estrutural na própria empresa. Os métodos de gestão são organizados para desgastar e sugar o empregado.

“É a força de trabalho como mercadoria. A precarização da própria existência”, sentencia Jane. “É uma lógica economicista que faz com que esses trabalhadores vivam o tempo inteiro sob pressão. O empregador fomenta isso quando premia um camarada que faz tudo o que faz quando não poderia fazer. Aquele que tem sofrimento ético, que faz mas sofre e para de fazer ou que se recusa, é quem vai ser mal avaliado e demitido. Esse assédio não é do gerente. Mas da empresa”, completa a advogada.

Essa lógica, segundo Jane, acontece por duas vias. A primeira é a subjetiva, sobretudo com o uso de linguagem. “Falar na ausência de postos no mercado de trabalho, o excesso de mão de obra, colaboração, empreendedorismo e vestir a camisa. É a manipulação da linguagem. Isso faz com que os trabalhadores sejam cooptados. Chegam em casa e vão ver o e-mail, responder WhatsApp e não param de trabalhar”, exemplifica.

Já na lógica subjetiva há uma subordinação, mas não a prevista no contrato de trabalho. “Trata-se de uma submissão por inteiro à empresa. Quando eu estou cedendo a todos os postulados de produzir mais, atingir metas impossíveis, estar trabalhado fora do trabalho, me preocupando ou planejando o dia seguinte quando deveria estar descansando em casa, no meu tempo livre, passa a existir um controle da pessoa”, finalizou.

Veja mais imagens do encontro em nossa Fan Page clicando aqui.

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Escritório vence ação no TST contra o Bradesco por assédio moral

quarta-feira, 25 outubro 2017 De declatra

Uma ação do escritório do Paraná, assessorando o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, foi vitoriosa no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Como resultado o Banco Bradesco foi condenado por assédio moral após manter a cobrança de metas mesmo com corte realizado na equipe. A decisão é da Terceira Turma da Corte.

Uma ex-gerente deverá receber R$ 50 mil do banco. Ela apresentou quadro depressivo em função da cobrança excessiva de metas, mesmo depois de cortes na equipe. “Os ministro entenderam que a doença tinha relação direta com as cobranças impostas pela instituição financeira”, explica o advogado do escritório, Mauro Auache.

“A importância desta decisão judicial reside não só no fato da empregada ter conseguido indenização, mas também por ter obtido sua reintegração ao emprego em razão da doença ocupacional e da dispensa abusiva, ambas decorrentes do assédio moral. Este cenário está em concordância com as pesquisas que realizamos e mostram o uso do assédio moral organizacional como ferramenta de gestão dentro do que chamamos de sociedade da gestão”, completa a advogada do escritório, Jane Salvador de Bueno Gizzi, especialista em estudos e ações que envolvem os diversos tipos de assédio moral.

A decisão também foi destaque no site do TST. A matéria publicada pela corte ressalta que a bancária “alegou que conseguia cumprir os objetivos até a saída de um gerente de contas de sua equipe sem a redução proporcional das metas nem a nomeação de um novo gerente em tempo razoável. O superintendente não atendia seu pedido para a reposição de pessoal e, segundo testemunhas, cobrava, de forma enfática, o alcance de resultados. Após avaliação de desempenho, o banco a despediu sem justa causa, enquanto apresentava episódio depressivo grave”.

“O escritório, amparado pelo Instituto Declatra, realiza um intenso trabalho de pesquisa sobre o assédio moral organizacional, sobretudo em bancos. O resultado desta ação reflete o trabalho desenvolvido ao longo dos anos. Nosso objetivo é atuar de forma preventiva em consonância com o Sindicato, ou seja, propondo ações para que este tipo de situação não ocorra. Mas, uma vez estabelecida, é preciso agir para reparar danos”, completa Mauro Auache.

Conheça e acompanhe o Movimento Vítimas do Bradesco, resultante destas pesquisas, clicando aqui.

Com informações do site do TST.

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“Trabalhador está em constante estado de superação”

segunda-feira, 29 maio 2017 De declatra

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O trabalhador está em constante estado de superação. A afirmação é da advogada do Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra), Jane Salvador de Bueno Gizzi. Especialista no tema, ela falou no Seminário “Assédio Moral – Condições de Trabalho e adoecimento”, promovido pela APP-Sindicato nesta sexta-feira (26) e sábado (27) em Curitiba.

De acordo com Jane, a imposição de metas inatingíveis e as cobranças abusivas por produtividade e excelência colocam em xeque a saúde e a própria vida dos trabalhadores. “Nunca chega-se no limite, pois a necessidade de contínua superação torna-se algo irrealizável, o que lhe causa a sensação de que nunca é bom o bastante e que nada do que faz é suficiente. Vemos, ainda, muitas situações nas quais trabalhadores passam pelo que chamamos de ‘sofrimento ético’, relatou Jane.

Ainda segundo ela, o trabalhador se sujeita a certas práticas com as quais não concorda, ou seja, que ferem seus valores éticos e morais, causando-lhe sofrimento. “Atendi trabalhadores que relatavam chorar ao chegar em casa. Por quê? Diziam que se sentiam mal ao vender determinado produto que sabiam não ser a melhor opção para o cliente, mas que o faziam para atingir as metas impostas e manter seu emprego. Quando se chega a este ponto, o resultado não pode ser outro, senão o adoecimento”, completou a advogada.

Essa situação é fruto do que ficou conhecido como assédio moral organizacional ou assédio moral estrutural. Neste tipo de violência, são os métodos e as políticas de gestão, que extrapolam os limites do uso da força de trabalho, que levam à desumanização do empregado. O assédio moral é centrado em três pilares: na imposição de metas, nas cobranças abusivas e no controle excessivo do ritmo, do tempo e da produtividade.

A pesquisa que resultou no movimento “Vítimas do HSBC”, mostra o impacto destes métodos de gestão na saúde dos bancários, categoria que sofre assédio moral organizacional intensamente, questão também abordada pela advogada. O levantamento científico levou em conta análise de ações trabalhistas ajuizadas em face do banco nas Varas do trabalho de Curitiba, além de dados do INSS e das fichas de homologações de desligamento dos trabalhadores. “Isso confirmou aquilo que era uma mera suspeita, uma mera impressão: que os métodos e as políticas de gestão nas instituições bancárias são a expressão do assédio moral organizacional e significam risco potencial de adoecimento mental”, relatou.

A pesquisa também resultou em uma ação trabalhista com pleito de tutela inibitória para impedir que o banco adote praticas que se configuram assédio moral organizacional, além de danos morais coletivos. “O problema é que as ações, via de regra, são para reparar danos que já aconteceram. Nosso objetivo, com esta demanda, é evitar, os danos que ainda não ocorreram. Trata-se de medida preventiva, mas também reparatória. Buscamos fundamentos no direito ambiental e e seus princípios (da prevenção, da precaução, da participação e do poluidor pagador). Afinal de contas, no conceito de meio ambiente, inclui-se o meio ambiente do trabalho, gozando da mesma proteção legal e constitucional”, finalizou Jane.

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Advogados do Declatra ministram palestras em eventos neste final de semana

quinta-feira, 25 maio 2017 De declatra

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Os advogados do Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra), Jane Salvador de Bueno Gizzi e Nasser Ahmad Allan, participam nesta sexta-feira (26) e sábado (27) de dois eventos distintos, onde ministrarão palestras sobre “Assédio Moral Organizacional ” e sobre “A Reforma Trabalhista”.

Jane de Bueno Gizzi participará do Seminário “Assédio Moral – Condições de Trabalho e adoecimento” promovido pela Associação de Professores do Paraná, APP-Sindicato. Ela falará sobre o tema central do evento às 14h desta sexta-feira (26) na sede estadual da entidade, na Av. Iguaçu, 880, no Bairro Rebouças.

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Nasser Allan será o responsável por dissecar o tema da Reforma Trabalhista durante o XV Congresso Estadual da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito – FETEC PR. O encontro será realizado em Curitiba neste sábado e domingo. A palestra do advogado do Declatra acontecerá às 11h30 no Hotel Tulip Inn, no bairro de Santa Felicidade.

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Instituto Declatra lança livro em seminário sobre o assédio moral organizacional

sexta-feira, 17 março 2017 De declatra
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Foto: Joka Madruga / SEEB

O Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra), em parceria com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, lançou nesta quinta-feira (16) o segundo volume do livro “Assédio Moral Organizacional – As Vítimas dos Métodos de Gestão nos Bancos”. A obra foi apresentada durante o seminário com o mesmo nome promovido por ambas as instituições e inspirou o movimento “Vidas do Itaú”, a exemplo do que aconteceu na pesquisa anterior que resultou no “Vítimas do Bradesco”.

“Vivemos uma sociedade de gestão, mas imaginamos o assédio moral sob o ponto de vista do tratamento entre indivíduos movido pela paixão humana. O empregador se exime da responsabilidade”, declarou a advogada Jane Salvador de Bueno Gizzi, do Instituto Declatra, uma das organizadoras da obra.

Ela apresentou durante o seminário a pesquisa que caracteriza o assédio moral organizacional no banco Itaú. Os dados tem origem nos desligamentos de trabalhadores da instituição financeira, além de reunir estatísticas de órgãos como o Ministério da Saúde, INSS e Justiça do Trabalho.

“A lei permite que metas sejam impostas, mas se são impossíveis, passa ao campo do abuso. Quando a gente foca na empresa, podemos mudar essa realidade. Tudo que for abuso, é passível da resistência. O trabalhador tem direitos”, afirmou Jane.

A advogada dividiu a mesa com o sociólogo Giovanni Alves que analisou este cenário como uma consequência natural do avanço do capitalismo em busca de lucros cada vez maiores. Mas este domínio está sendo ampliado para todos os setores da sociedade. “A gente não percebe o desmonte da nação, a venda de patrimônio público, da CLT, da previdência pública. O processo de desmonte das pessoas não está apenas nos locais de trabalho, onde se tem a intervenção sindical”, disparou.

Assédio atende aos interesses patronais – A psicóloga da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Liz Sobol, autora de livros que tratam do assédio moral organizacional, afirmou que é imperativo diferenciar o assédio moral interpessoal e o organizacional. “Enquanto a abordagem tratar como um aspecto social os processos produtivos como origem do assédio vão continuar. Há situações em que o assédio não é reconhecido por que não há identificação da intencionalidade. Então eu pergunto: há quem serve esse assédio?”, questionou a professora.

Liz Sobol ironizou a estrutura ao afirmar que caso fosse empresária faria campanhas tratando apenas da vítima e do agressor. “O alerta é para quem interessa esse tipo de abordagem? Pune-se o agressor, acolhe-se a vítima e a organização fica protegida, legitimada na sua forma de violência”, analisou.

A psicóloga ainda acusou os métodos de gestão de serem responsáveis pelo adoecimento no trabalho com a submissão de valores humanos e sociais a lógica econômica e financeira. “Há uma crise do coletivo. Embora existam mobilizações coletivas nos associamos apenas quando aquele coletivo representa o seu interesse individual, na medida em que me representa. Estamos mesmo falando de interesse coletivo ou da apropriação do coletivo pelo interesse individual? Isso é estratégico porque interessa que as pessoas estejam completamente disponíveis para o trabalho”, completou.

O trabalho deixa de ser uma finalidade para ser um meio de vida – O médico sanitarista da UFPR, Guilherme Souza Cavalcanti de Albuquerque, destacou o trabalho como condição de reconhecimento de si próprio na sociedade e como este fato está sendo perdido com o avanço da busca do lucro acima de qualquer outra questão. “Diferentemente de outros animais não é somente a biologia que faz a condição humana, mas é a condição de humanidade que é construída socialmente”, comentou.

Para o médico, um ser humano isolado em uma ilha seria incapaz, por exemplo, de desenvolver a linguagem. “O trabalho humano vai se objetificação nos produtos do trabalho, nos valores de uso produzidos, naquelas coisas que são úteis. Para que cada um de nós seja um representante do gênero humano nos cabe participar desse processo, mas também é preciso participar do processo de apropriação”, alertou o professor.

Por intermédio do trabalho, também, é que as potencialidades humanas são desenvolvidas. “Nem sabemos quais são todas, mas vamos produzindo essas capacidades ao longo da história por meio do trabalho. Esse movimento de humanização é a produção e a reprodução do gênero humano.

Nesta lógica é necessário que homem identifique-se com o seu produto. “Mas hoje um trabalhador, por exemplo, da indústria automobilística passa uma peça de um robô para outro e no final do dia tem um carro pronto, mas não foi ele que ele fez, ele não se reconhece como tal no produto final do seu trabalho e ai o trabalho deixa de ser uma finalidade de vida para ser um meio. O meio de sobreviver através do salário a partir do trabalho alienado”, explicou.

Tutelas coletivas como mecanismo de defesa – A última mesa do seminário teve a participação do advogado Mauro Menezes, sócio do escritório RM & Advogados, de Brasília. Menezes tratou das tutelas coletivas e o meio ambiente de trabalho. Para ele, este é um instrumento de auxílio na defesa da classe trabalhadora, tanto do ponto de vista de reparação de prejuízos causados quanto na prevenção de eventuais problemas.

“A tutela de urgência, que convencionou-se chamar a grosso modo de liminar, é aquela decisão que se antecipa ao final do processo. O CPC preconiza que existam elementos que evidenciem o perigo de risco e dano”, comentou. Menezes explicou que as tutelas coletivas estão respaldadas por diversos mecanismos jurídicos, inclusive na própria Constituição Federal. “Não será um texto legal que trará a emancipação da classe trabalhadora, mas não podemos ignorar que parte destas conquistas são frutos da luta dos trabalhadores, especialmente na ditadura militar”, ponderou Menezes.

Para ele, quando fala-se em dano, como no caso de bancários que estão afastados do mercado de trabalho por conta de doenças crônicas, situações aflitivas, é que é necessário tratar não apenas da reparação, mas também da precaução. “O que diz a lei e a constituição é que temos que usar essas tutelas para prevenir, impedir que as pessoas cheguem a esse ponto”, finalizou.

Fonte: Instituto Declatra com informações de Paula Zarth/SEEB Curitiba

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Empresa é condenada por demitir coordenadora de RH que foi solidária com empregada vítima de assédio

terça-feira, 14 fevereiro 2017 De declatra

Uma empresa de Minas Gerais foi condenada ao pagamento de R$ 100 mil por dispensar sua coordenadora de RH que foi solidária com uma empregada vítima de assédio sexual. Ela relatou que viu sua colega chorando e ouviu o relato que o superior hierárquico tocou seus seios, sob a blusa, enquanto falava ao telefone.

Os casos de assédio continuaram e após uma reclamação por escrito para o diretor da empresa e cobrar uma atitude, ambas foram dispensadas. Ocorre que a coordenadora de RH da empresa tinha estabilidade funcional e estava fazendo cursos de especialização bancados pela organização. Duas situações que não são normais para uma pessoa que foi demitida.

“Analisando os autos, me convenci, pelo depoimento da testemunha, de que a reclamante, de fato, somente foi dispensada, porquanto prestou solidariedade para sua sobrinha, vítima de assédio sexual dentro da empresa”, afirmou em seu voto a desembargadora que foi acompanhada pela maioria da Turma julgadora no Tribunal Regional de Minas Gerais.

No entendimento do Tribunal o ônus da prova, de que a dispensa não teria sido discriminatória, caberia ao empregador. “A prova do assédio sexual é sempre muito difícil para as vítimas, já que o assediador, em regra, comete o ato em local isolado, justamente como forma de evitar que sua atitude seja presenciada por outros empregados. No caso em questão, ao demitir a coordenadora do RH, a empresa acabou chancelando a conduta do empregado que praticou o assédio, pois era justamente a pessoa que estava auxiliando a colega, vítima do ato. Referida decisão abre um importante precedente para que tais atitudes venham a ser não só reparadas, como também coibidas”, avalia o advogado do escritório, André Lopes.

Saiba mais sobre o caso em matéria publicada no Conselho Superior da Justiça do Trabalho clicando aqui.

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Conheça a história da Valéria, mais uma Vítima das Teles

quinta-feira, 20 outubro 2016 De declatra

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O movimento “Vítima das Teles” , idealizado pelo Instituto Declatra e que denuncia casos de assédio moral e os reflexos da privatização no sistema de telefonia no Brasil, divulgou um novo vídeo com um depoimento emocionante. Trata-se de Valéria, profissional do telemarketing, que sofreu com constante assédio dentro do seu ambiente de trabalho.

“(Enquanto estava doente) a supervisora ligava no hospital para saber se eu estava lá, se era verdade que eu estava doente mesmo. Ela falou que queria que eu morresse e que se eu morresse deixaria todo mundo decepcionado”, relata Valéria no depoimento.

A trabalhadora explica que foi hospitalizada após fazer uma cirurgia de estômago. O quadro clínico foi piorando a partir das restrições de tratamento impostas pela empresa. “Eu precisava comer a cada uma hora e eu não podia porque não estava dentro das pausas programadas. Eu comecei a perder muito peso, perder o cabelo, não conseguia mais dormir, desenvolvi anorexia nervosa e fiquei 23 dias sem comer absolutamente nada. Associado ao problema de saúde me causou um problema psicológico muito grande. Fiquei oito meses em tratamento psiquiátrico e desenvolvi síndrome do pânico. Quando chegou nesse ponto tinha perdido parte da visão, não conseguia mais andar pelo grau de fraqueza, não conseguia mais lembrar das coisas”, relata a trabalhadora.

Veja o depoimento completo na Fan Page do movimento “Vítimas das Teles” clicando aqui.

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Telefônica é condenada por assédio moral após supervisor bater com chicote na mesa de assistente

sexta-feira, 26 agosto 2016 De declatra

A Telefônica Brasil S.A deverá indenizar uma trabalhadora constantemente humilhada em seu ambiente de trabalho por seu supervisor. Na ação ajuizada contra a empresa, ela demonstrou que era chamada de burra, preguiçosa e ignorante pela chefia. Não bastasse, o seu superior ainda utilizava um “chicotinho” no qual batia em sua mesa.

“Esta ação demonstra, um pouco, do que acontece em um ambiente de trabalho de empresas de telefonia. É o assédio moral escancarado e desavergonhado. A nossa orientação é para que todo trabalhador que seja assediado converse com setor jurídico do seu sindicato para recolher informações necessárias para obter a reparação na Justiça do Trabalho”, explica o advogado do escritório, Marcelo Giovani Batista Maia.

A trabalhadora exercia um cargo na Doc´s Assessoria em Arquivos Ltda, empresa terceirizada pela Vivo S.A (sucedida pela Telefônica Brasil). A conduta abusiva da empresa foi comprovada por testemunha que exercia as mesmas atividades que a trabalhadora durante o seu período de contrato.

O desembargador Marcelo Pertence, relator do processo no Tribunal Superior do Trabalho, destacou que a condenação subsidiária da empresa resultou de sua condição de tomadora de serviços. “Por estes motivos que lutamos contra a terceirização, que significa a precarização das relações de trabalho. No cenário ideal para os empresários, a terceirização não só é liberada, como não haverá sequer responsabilidade solidária nestes casos”, argumentou Maia.

Com a condenação a empresa deverá indenizar a trabalhadora em R$ 5 mil. Em sua defesa ela alegou que há contradição nas considerações de testemunhas e disse que “não pode responder por penalidade inerentes ao real empregador”.

Vítimas das Teles – Para denunciar as condições precárias, bem como relações de trabalho deterioradas, o Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra) lançou o movimento “Vítimas das Teles”. O objetivo é denunciar casos de assédio moral e outras violações dos direitos trabalhistas no ambiente de trabalho das empresas de telefonia.

Para saber mais sobre o movimento visite a Fan Page clicando aqui, curta e acompanhe as últimas notícias.

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Movimento “Vítimas das Teles” denuncia abusos contra trabalhadores em telecomunicações

domingo, 17 julho 2016 De declatra

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O Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra) prepara o movimento “Vítimas das Teles”. O objetivo é denunciar o assédio moral organizacional e as consequências para a saúde dos trabalhadores. Este tipo de assédio é caracterizado por estar estabelecido como forma de gestão, ou seja, faz parte das práticas administrativas das empresas como forma de obter mais lucratividade.

“Há um número assustador de trabalhadores do setor de telemarketing com problemas de saúde relacionados ao assédio moral e outras consequências dos métodos de gestão. Situações ligadas as chamadas LER e DORT, além de depressão e uma série de outras consequências psicológicas. Queremos dar suporte para estes trabalhadores e mostrar que eles não estão sozinhos e que tampouco o problema são eles”, explica o advogado do Instituto Declara, Marcelo Giovani Batista Maia.

A campanha segue os mesmos moldes do movimento “Vítimas do HSBC” que denuncia abusos do banco contra trabalhadores e faz sucesso na Internet. O problema é semelhante ao dos empregados de empresas telefônicas, com resultados parecidos na saúde, mas existem certas diferenças que são adaptadas ao modelo de negócio.

Entre os abusos descritos por trabalhadores estão o controle do tempo do uso do banheiro, metas abusivas, ameaças constantes de demissão, remuneração variável com critérios que não são claros, orientações médicas são desconsideradas, atribuição de erros imaginários, humilhações públicas e monitoramento constante de ligações são apenas alguns dos exemplos.

“Tudo é feito para que o trabalhador sinta-se o problema e não o contrário. Não trata-se de um problema de relacionamento entre o chefe e o subordinado, mas sim, uma opção da empresa no seu método de gestão. Isso é o que chamamos de assédio moral organizacional”.

A campanha foi desenvolvida pela Social Ideias, a mesma que criou os movimentos “Vítimas do HSBC” e “Vítimas do Itaú”, além de outras campanhas publicitárias com apelo social e cidadão.

Confira e acompanhe o movimento pela Fan Page clicando aqui.

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Acesse versão online do jornal Terra Sem Males sobre assédio moral organizacional na categoria bancária

sexta-feira, 08 julho 2016 De declatra

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A sexta edição do jornal impresso Terra Sem Males – “Assédio moral adoece” – já está disponível para leitura. Nesta edição, o Terra Sem Males aborda o resultado da pesquisa “Vítimas do Itaú”, feita pelo Instituto Declatra em parceria com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. A intenção da pesquisa é mostrar que as práticas assediosas promovidas pelas instituições financeiras tem relação direta com o adoecimento dos trabalhadores bancários.

O jornal também aborda os aspectos que definem assédio moral organizacional, para que todos os trabalhadores possam identificar as práticas que são assédio moral e também para que o trabalhador saiba como juntar provar visando uma possível ação judicial. Os entrevistados da edição são o médico do Ministério Público do Trabalho do Paraná, Elver Moronte; a advogada Jane Salvador; o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Elias Jordão; e a diretora da Secretaria de Saúde do Sindicato, Ana Fideli. Confira, ainda o depoimento de uma bancária do Itaú para perceber em seu relato como se caracterizou o assédio e as quais consequências em sua saúde.

O Terra Sem Males conta, ainda , com ensaio fotográfico de Joka Madruga relacionado ao tema assédio moral.

Leia a edição online do jornal:

Fonte: Terra Sem Males

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