Livro do Instituto Declatra terá destaque em evento na Escola de Comunicação da USP
O segundo volume da Enciclopédia do Golpe, que trata exclusivamente do papel da mídia na retirada de Dilma Rousseff da Presidência da República, será um dos destaques da jornada “Jornalismo, Golpe e Escalada Autoritária”. O evento acontece entre os dias 08 e 10 de maio no auditório Freitas Nobre, sempre às 19h.
O livro terá um lançamento na quarta-feira (9), dia que terá como tema central “As Narrativas Golpistas da Mídia Hegemônica”. O presidente do Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra), Wilson Ramos Filho, participará do evento de lançamento ao lado dos também autores da obra Maria Inês Nassif e Laurindo Lalo Leal Filho.
Na mesa de quarta-feira (9) também está revista, na mesa de debate, os jornalistas Renato Rovai, Laura Capriglione e Ana Claudia Mielke. Na terça-feira (8) o debate central será “A resistência da mídia dos setores periféricos” e na quinta-feira (10) a pauta é “Estratégias imagéticas do discurso do golpe”.
- Publicado em Destaque Instituto, Notícias
Segundo volume de A Enciclopédia do Golpe será lançado em Santos neste sábado
O segundo volume da Enciclopédia do Golpe, que desta vez trata exclusivamente do papel da mídia na retirada de Dilma Rousseff da Presidência da República, será lançado em Santos (SP) neste sábado (10). O evento terá início às 16h na Rua Primeiro de Maio, 57, no bairro Aparecida. Estarão presentes dois dos coordenadores do projeto, os jornalistas Miguel do Rosário e Maria Inês Nassif.
O evento, que terá transmissão ao vivo pelas redes da Revista Fórum, é organizado pelo jornalista Renato Rovai e por José Luiz Baeta, do Comitê Popular de Santos por Memória, Verdade e Justiça.
O papel da mídia – Para o jornalista Renato Rovai, editor da Revista Fórum e que também organizou o livro “O Golpe de 16, a retirada de Dilma Rousseff da Presidência da República foi uma organização essencialmente midiática. Segundo ele, o judiciário foi um dos “gatilhos que disparou uma das balas principais”. “Todo o clima que foi se construindo era o de que tínhamos um grande processo de corrupção no Brasil. Isso vem desde os idos do mensalão e essa é uma narrativa fundamentalmente midiática. Eram as capas de revista, as matérias no Jornal Nacional, eram todos os comentaristas falando, eram os entrevistados escolhidos para vociferar esse tipo de coisa como se tivéssemos uma quadrilha governando o País. Isso há mais de 10 anos porque, em 2015, isso se consolida, essa narrativa da corrupção. Ela começa a ser construída lá em 2005, aos poucos, vai ganhando volume e se torna aquela explosão em 2015 com as manifestações”, avalia.
O judiciário, na avaliação de Rovai, tem uma atuação midiática. “Veja a forma como o Moro utiliza dos meios de comunicação, as redes sociais, o Dallagnol, o Carlos Fernando ou mesmo o juiz do Rio de Janeiro, o Bretas, que prendeu o Sérgio Cabral. Eles trabalharam muito nessa dinâmica midiática”, argumenta. Mas e o papel do parlamento? “O impeachment de Dilma precisava passar por ali e alguns deputados e senadores já imaginavam que eles seriam a bola da vez após a queda de Dilma, mas eles já não tinham mais o que fazer. Eles eram obrigados a executar essa tarefa que estava predestinada a eles depois de tudo que tinha acontecido e também do movimento que eles ajudaram participando, muitos deles vestidos com camisetas da CBF e empunhando patos de borracha. Isso é uma aliança que agora tem uma pequena crise no sentido de que o campo da política está querendo acabar com a Lava Jato e o campo da Mídia e do judiciário ainda acha que pode tirar mais coelhos desse mato”, comenta o jornalista.
Ainda segundo ele, a produção de livros como a Enciclopédia do Golpe e Golpe 16, são fundamentais para garantir o registro histórico dos fatos. “São fundamentais para fazer a disputa de narrativas. A despeito de ser militante na Internet, jornalista que cobre os fatos o tempo todo, disputando as agendas públicas, mostrando que as vezes há fatos que se sobrepõem a outros e que não estão sendo discutidos pelos jornalões, pela mídia tradicional, sabemos que os livros organizam esses debates e eles são mais perenes, eles duram mais”, completa.
Os golpes – Para José Luiz Baeta, a produção de livros que denunciam o golpe é importantíssima. “É importante a contribuição que o Instituto Declatra vem realizando com a edição destes livros. Em um primeiro momento tentou-se passar a versão de que foi um impeachment constitucional da presidente Dilma. Mas, logo nos primeiros dias, com o primeiro livro “A Resistência ao Golpe” mostrou bem claro que era um golpe e que o principal inimigo deste novo estilo de golpe era a classe trabalhadora”, comenta.
Baeta também percebe afinidades entre ambos os golpes, em 1964 e em 2016. “A semelhança é derrubar qualquer projeto que possibilite o país uma emancipação dos trabalhadores, o fim da fome, a reforma educacional, a reforma agrária. Ao analisarmos a história do Brasil nestes 500 anos temos 388 anos de escravidão. Dos 100 anos de república, 15 de ditadura vargas 20 militar e 30 de república velha. O que sobra?”, questiona.
O segundo volume da Enciclopédia do golpe tem 28 verbetes de jornalistas, cientistas sociais, políticos, economistas e outros autores renomados que avaliam o papel da mídia no Golpe de 2016. Os textos exploram desde as Fake News, passando pelas revistas semanais e redes de televisão, até elementos como a fotografia e as mídias sociais.
Serviço: Lançamento do segundo volume da Enciclopédia do Golpe
Data: Sábado (10/03)
Horário: 16h
Local: Rua Primeiro de Maio, 57 – Aparecida – Santos/SP
- Publicado em Destaque Instituto, Notícias
Jornada Pela Democracia: Em Defesa da Aposentadoria terá lançamento do livro “O Golpe de 2016 e a Reforma da Previdência”
Nesta segunda-feira (27) será realizada no Teatro da PUC, em São Paulo, a Jornada Pela Democracia: Em Defesa da Aposentadoria. O evento reunirá juristas, parlamentares, artistas, jornalistas, economistas e outros profissionais para debater os ataques aos direitos sociais e à democracia no Brasil. Durante o evento será lançado o livro “O Golpe de 2016 e a Reforma da Previdência”.
Entre os nomes que já confirmaram presença estão os senadores Lindbergh Farias, Gleisi Hoffmann, os deputados Paulo Teixeira e Orlando Silva, o economista do DIEESE, Clemente Ganz Lúcio, a filósofa Djamila Ribeiro, a psicanalista Maria Rita Kehl, os jornalistas Luís Nassif e Renato Rovai e o advogado Wilson Ramos Filho, o Xixo.
“Há uma inquietação social por conta de todos os ataques contra os direitos sociais e contra a democracia. Não apenas o livro representa um pouco deste sentimento, como o próprio evento que também serve como catalizador de ideias e da própria inconformidade com o momento pelo qual o Brasil passa”, avalia Ramos Filho.
O Teatro fica localizado na Rua Monte Alegre, 1.024, no bairro de Perdizes na capital paulista. O evento terá início às 18h e contará, além dos debates, com apresentações culturais.
Veja o evento no Facebook aqui.
- Publicado em Notícias