Confira o vídeo do lançamento dos volumes da Enciclopédia do Golpe durante a Jornada pela Democracia
Na noite segunda-feira (14) foi realizada, no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, a jornada pela Democracia. O evento reuniu lideranças, artistas, intelectuais e juristas. O debate envolveu temas como a defesa da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, passando pelas Fake News, até as permanentes tentações autoritárias que envolvem o cenário político brasileiro.
O presidente do Instituto Declatra, Wilson Ramos Filho, a diretora geral do Instituto, Mirian Gonçalves, o escritor Raduan Nassar, a jornalista Maria Inês Nassif, o professor Gilberto Maringoni, Dom Angélico Sândalo Bernardino, a cineasta Maria Augusta Ramos, o coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP) e líder da Frente Brasil Popular, Raimundo Bonfim, a advogada Maria Luiza Tonelli, o professor Laurindo Lalo Leal Filho e o ator e diretor Tadeu di Pietro foram alguns dos presentes no evento.
Durante o evento foi realizado o lançamento de ambos os volumes da Enciclopédia do Golpe, produzida e editada pelo Instituto Declatra. Confira o vídeo do lançamento:
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Livro do Instituto Declatra terá destaque em evento na Escola de Comunicação da USP
O segundo volume da Enciclopédia do Golpe, que trata exclusivamente do papel da mídia na retirada de Dilma Rousseff da Presidência da República, será um dos destaques da jornada “Jornalismo, Golpe e Escalada Autoritária”. O evento acontece entre os dias 08 e 10 de maio no auditório Freitas Nobre, sempre às 19h.
O livro terá um lançamento na quarta-feira (9), dia que terá como tema central “As Narrativas Golpistas da Mídia Hegemônica”. O presidente do Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra), Wilson Ramos Filho, participará do evento de lançamento ao lado dos também autores da obra Maria Inês Nassif e Laurindo Lalo Leal Filho.
Na mesa de quarta-feira (9) também está revista, na mesa de debate, os jornalistas Renato Rovai, Laura Capriglione e Ana Claudia Mielke. Na terça-feira (8) o debate central será “A resistência da mídia dos setores periféricos” e na quinta-feira (10) a pauta é “Estratégias imagéticas do discurso do golpe”.
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Livros do Instituto Declatra reúnem mais de 500 intelectuais brasileiros e internacionais
Os livros publicados recentemente pelo Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra) já contabilizam a contribuição de 540 intelectuais brasileiros e de outras nacionalidades. As obras, que em sua maioria denunciam o Golpe de 2016 e seus reflexos para a classe trabalhadora, formam uma extensa rede de colaboração.
O mais recente deles, a Enciclopédia do Golpe vol 1, traz verbetes que explicam o papel das instituições no processo que resultou na retirada de Dilma Rousseff da Presidência da República, assim como, dos direitos sociais no Brasil.
Além dele, uma série de outros livros foram publicados. Todos detalham o papel do Golpe de 2016 na destruição de direitos sociais, como nos casos das reformas trabalhista e da previdência, além de trabalhos que demonstram forças contrárias ao movimento hegemônico no Brasil, como “A resistência internacional ao Golpe de 2016”.
“É preciso que as futuras gerações saibam, com detalhes e dos mais diversos pontos de vista, o que aconteceu no Brasil durante esse período. O papel que cada instituição teve. As pessoas que se destacaram nesse processo de desconstrução da democracia no Brasil e, consequentemente, dos direitos sociais”, explica o presidente do Instituto Declatra, Wilson Ramos Filho.
Veja obras publicadas pelo Instituto Declatra clicando aqui.
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Instituto Declatra lança livro que homenageia Wilson Ramos Filho, o Xixo
O Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra) publicou o livro “O futuro já não é mais o que costumava ser”. A obra é uma coletânea de crônicas do jurista Wilson Ramos Filho, o Xixo. A publicação, com 166 páginas, reúne artigos que tratam de temas cotidianos, análises da sociedade, política, do direito e do mundo de forma em geral.
A publicação foi a forma encontrada pelos diretores do Instituto para homenagear Wilson Ramos Filho, o Xixo, que decidiu aposentar-se da advocacia. Contudo, seguirá como presidente do Instituto Declatra, articulando ações de promoção aos direitos humanos e da classe trabalhadora.
O livro tem fotos de Francisco Proner Ramos, ilustrações e projeto gráfico de Marco Jacobsen e curadoria de conteúdo por Bárbara Caramuru e Gibran Mendes. Depoimentos de amigos, alunos e colegas de Xixo também constam na publicação.
A obra foi lançada durante o Seminário Resistência, realizado pelo Instituto Declatra, nos dias 30 de novembro e 01 de dezembro, na Universidade Federal do Paraná. Naquele momento também foi realizada uma homenagem ao professor e jurista.
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O momento é de avançar
O momento de resistência já passou. O cenário agora impõem avanços sociais. Esta foi uma das avaliações no Seminário Resistência, realizado pelo Instituto Declatra, nos dias 30 de novembro e 01 de dezembro em Curitiba. O evento reuniu em Curitiba grandes nomes que discutem a crise brasileira.
O professor e jurista Wilson Ramos Filho, o Xixo, que também preside o Instituto Declatra, avalia que os direitos sociais já foram retirados e continuarão a serem suprimidos. Nesta leitura, segundo ele, o momento já não é mais de resistência, mas de avançar.
“A escola pública, a saúde, políticas de mobilidade urbana, de habitação, eram contrapartidas para que os trabalhadores aceitassem viver sob o capitalismo. Após o golpe todas essas contrapartidas foram rejeitadas. Primeiro com o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, entendendo que não era mais necessário garantir educação e saúde. Os direitos trabalhados também foram todos retirados, destruindo políticas de reconhecimento e o que havia de arremedo de estado social no Brasil. Agora dizem que não é mais necessário prometer uma velhice assistida”, exemplificou.
De acordo com ele, é preciso avaliar que tipo de discurso está sendo colocado. “Falta a discussão da contradição fundamental. O movimento que possibilitou a construção do estado social partia da contradição fundamental. Vendemos nossa força de trabalho e somos explorados. Do lado de lá estão eles que nos exploram”, completou.
A jornalista Maria Inês Nassif avaliou que o poder judiciário no Brasil, em partes, promoveu uma grande insegurança. “Todo dia perdemos uma garantia. Nunca sabemos se formos a julgamento qual decisão virá. Vivemos em um momento de absoluta insegurança jurídica. Nenhum cidadão sabe se vai ser preso sem provas”, comentou.
Contudo, ela não isentou também o Congresso Nacional. “O poder legislativo também virou um fator de instabilidade imenso. Cada poder está se expandindo em detrimento do voto popular para ter os poderes para mudar o pacto social. O Legislativo entra neste processo já com histórico anterior que foi o autofinanciamento de uma bancada conservadora e venal pelo Eduardo Cunha. Ele catalisa dinheiro e escolhe os parlamentares”, recordou.
O diretor jurídico da CUT Brasil, Valeir Erthle, recordou que o Brasil vive uma sequência de golpes que atingem diretamente a classe trabalhadora. “Depois de 1964, com o golpe militar, sofremos outro em 1984 com as ‘Diretas Já’. Vários grandes atos, mobilizações e parlamentares optaram por eleições indiretas no colégio eleitoral. Foi um golpe duro”, lamentou.
Na sequência, a tentativa de golpe com a vitória de Dilma Rousseff. O candidato adversário “tentou de todas as formas anular e reverter as eleições, para depois constituir a retirada da presidenta”, argumentou. “Golpe que contou com o apoio do judiciário, da mídia e organizações empresariais. Sempre falamos que o golpe não era para tirar a Dilma, era contra a classe trabalhadora. Tudo que afirmávamos ficou e vidente. Foi para retirar direitos da classe trabalhadora e da população em geral. Isso que estamos vendo todos os dias. O golpe ainda está em curso”, completou.
O jornalista Marcelo Auer traçou um histórico da atuação da Polícia Federal nos últimos anos. Segundo ele, um dos grandes avanços foi a nomeação de Paulo Lacerda como diretor-geral da PF. “Ele foi um dos responsáveis pela mudança. Fizeram grandes operações começando com Foz do Iguaçu, quando prenderam vários policiais envolvidos com contrabando. Foi um recado para dizer que cortariam na própria carne”, avaliou.
Auer produziu uma série de reportagens sobre a Polícia Federal na década de 90 que lhe renderam vários processos. Ele levantou, manualmente, todos os processos que envolviam agentes públicos da instituição e que trabalhavam no Rio de Janeiro. O material, com 96 nomes, foi enviado para a direção da entidade que, naquele momento, nada vez.
Posteriormente a mesma lista levantada por Auer foi utilizada pelo Ministério Público Federal que encaminhou denúncia ao Procurador Geral da República do governo Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Brindeiro. Nada ocorreu também. “A Polícia Federal que vinha de ditadura, servia de força auxiliar dos militares e era altamente corrupta. O que, devo dizer, você não vê na Polícia Federal hoje nesse sentido”, completou.
Veja mais imagens do seminário aqui.
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Wilson Ramos Filho, o Xixo, é homenageado
Durante a abertura do Seminário Resistência, realizada na noite desta quinta-feira (30), no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o Instituto Declatra e amigos de diversas regiões do Brasil realizaram uma homenagem a Wilson Ramos Filho, o Xixo.
Sócio-fundador do escritório de advocacia e presidente do Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Declatra), do qual também é fundador, Xixo optou por se aposentar da advocacia. Como forma de homenagem, o instituto publicou o livro “O Futuro Não é Mais o que Costumava Ser”, que também é o título de uma das crônicas recentes que constam o livro. Uma coletânea de análises políticas, jurídicas e sociais.
“Pensamos em como definir você, Xixo? Aí na minha mesa decidimos fazer esse livro. Homenagear o Xixo, com quem convivemos há 35 anos é muito fácil. Foram tantas vitórias, sonhos, incertezas e lutas que seria um risco escolher esse ou aquele momento. Então optamos por reproduzir uma pequena parte dos seus registros recentes que seguramente dirá mais sobre e ele e nossa admiração. É um crítico sem fronteiras, de imensa capacidade de análise. Um homem contemporâneo e de ideias e ideais atemporais. Esse livro, Xixo, é dedicado a sua história ianda em construção”, afirmou a advogada, Mirian Gonçalves, que ao lado do próprio Wilson Ramos Filho e de Mauro Auache iniciaram o escritório.
O advogado Nasser Allan fez um resgate histórico do escritório e enfatizou a importância de Xixo para todos os sócios e advogados que ao longo dos anos participaram dessa construção. “O Xixo decidiu há dois anos que o ciclo dele na advocacia se encerrou. Nós resistimos a aceitar isso. Até o momento em que percebemos que ele não ia mudar de ideia e então precisaríamos homenageá-lo. Mas se marcássemos uma homenagem ele poderia não aparecer. Então fizemos esse seminário em sua homenagem”, registrou Allan.
“O que somos hoje muito se deve ao Xixo. Ele é tão importante que há quem se refira a nós como o escritório do Xixo. Isso nos orgulha e nos enobrece. Ele também foi decisivo na criação do Instituto Declatra que é um braço no desenvolvimento da pesquisa científica, mas também permite a nossa intervenção social. É a conciliação da prática e da teoria, que ele tanto fala”, completou.
Convidado para fazer um testemunho em nome dos amigos e colegas, o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca, enfatizou a história de Xixo no âmbito acadêmico. “Esta homenagem não poderia acontecer em lugar mais adequado que esse salão nobre da tua casa, a faculdade onde você se formou. A sua trajetória é de confluência que se dá aqui. O espaço onde o saber técnico e a competência que o Xixo tanto ensinou para seu alunos. Aqui também cativou gerações de estudantes, muitos deles aqui hoje. O Xixo tem esse dom de cativar e seduzir o seu aluno e não há aprendizado sem essa sedução. É uma satisfação enorme tê-lo como colega, como amigo. A UFPR tem um orgulho tremendo de tê-lo como filho, aluno e professor e eu um orgulho tremendo em ser seu amigo”, disse o reitor.
Homenageado da noite, Xixo, recordou dos amigos que encontrou na noite desta quinta-feira (30). Dirigentes sindicais, de movimentos sociais, colegas advogados, ex-alunos, desembargadores, procuradores e magistrados. “Encontrei amigos de uma vida inteira, que vieram de longe, de várias partes do Brasil para esse momento. É claro que estou emocionado e a única coisa que posso dizer é que a classe trabalhadora saberá transformar essa realidade. Nós somos apenas um instrumento da classe trabalhadora”, finalizou.
Veja mais imagens da homenagem ao Xixo e do seminário clicando aqui.
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