Cerca de 400 trabalhadores e trabalhadoras da Votorantin, em Rio Branco do Sul, participaram nesta quarta-feira (29) de uma assembleia que definiu pela greve da categoria a partir das 0h da próxima quarta-feira (5). Mesmo a presença de chefias e representantes da empresa não intimidou os trabalhadores que diante da proposta patronal de 0,42% optaram por cruzar os braços por tempo indeterminado. Na próxima terá-feira (4) será realizada uma nova assembleia para organização da greve.
“Nós já prevíamos que os trabalhadores não aceitariam essa proposta e decidiram pela greve, pois ela não se diferencia em quase nada da proposta anterior pela empresa”, avalia o presidente do Simencal, Manoel Oliveira.
O advogado do sindicato, Marcelo Giovani Batista Maia, explicou aos trabalhadores que o direito de greve é garantido pela Constituição Federal do Brasil. “É um direito social de todo e qualquer trabalhador”, enfatizou. De acordo com ele, ameaças veladas como o não pagamento retroativo também não devem preocupar a categoria. “Isso é ilegal e caso aconteça estamos pronto para ajuizarmos uma ação impedindo este tipo de prática”, garantiu Giovani minimizando a possibilidade da empresa adotar este caminho.
O vice-presidente da CUT-PR, Márcio Kieller, comparou os reajustes diferentes oferecidos pelo grupo. “Em Campo Largo os trabalhadores da Itambé receberam 2% de aumento real. A empresa pertence ao mesmo grupo, então por que tratar seus trabalhadores de forma diferente?”, questionou.